OS SECOS E MOLHADOS DE CAIEIRAS
Quem nasceu em Caieiras nos anos 60, deve se lembrar dos estabelecimentos de compras que existiam, os secos e molhados como chamavam na época, pois não existiam os supermercados como agora. Vendiam de tudo que se possa imaginar, desde louças, armarinhos, papelaria, e os gêneros alimentícios, e outras coisas mais, materiais escolares, tecidos etc...
Nessa época tínhamos os abastecidos armazéns estabelecidos dentro das dependências da Cia Melhoramentos, Bairro Fábrica gerenciado por Genésio, Bairro Monjolinho pelo Sr Argemiro, Armazém de Caieiras gerenciado por Cazarotto, que esses estabelecimentos muito bem nos serviu.
Mas além desses estabelecimentos tínhamos outros como Armazém do Sr. Cerca, ou seu Cerca e sua esposa dona Olga, como a gente chamava, na Av. 14 de Dezembro que fazia entrega com seu furgão verde da marca International, lembro-me que tínhamos fogão a carvão e meu pai fazia a compra e ele entregava todos os meses no Bairro Leão as compras e um saco de carvão para manter o fogão.
Tínhamos também a Cooperativa de Consumo de Caieiras se não me engano na Rua Ambrosina do Carmo Buonaguide, sobre a competência do Sr Antonio Furlanetto onde fazíamos compras também e o Sr. Salvador com seu Chevrolet gigante fazia as entregas lá no Bairro Leão também, Cooperativa que depois virou um supermercado.
Mas não podemos esquecer da então COAP Companhia de Abastecimento Popular, sobre o comando do Sr João Menegato em um barracão na rua Antonio Pereira da Cruz , essa rua fica uma travessa entre as Ambrosina do Carmo Buonaguide e rua Dr. Armando Pinto, bairro Cresciuma, onde junto com seus sócios irmãos e funcionários como Rubens, Otávio, Adelino atendiam gentilmente aos fregueses que após as suas compras que eram prontamente entregues nas casas com seu caminhão azul da marca Studebaker inclusive também dentro dos bairros da Melhoramentos.
João Menegato foi também proprietário da primeira Companhia Telefônica de Caieiras, vereador, presidente da Camara Municipal nos anos 60.
Que época maravilhosa, éramos felizes e não sabíamos.
Saia-mos a pé do Bairro Leão, tomávamos a então maquininha descíamos junto ao Armazém de Caieiras, subíamos a pé a Av. professor Carvalho Pinto na época sem asfalto, para fazer compras eu e minha mãe ou meu pai, nesses estabelecimentos. Não existia sacolinhas de plástico nem se falava nisso, era carregado nas sacolas grandes de lonas, que duravam uma eternidade.
Francisco José Vanguello de Freitas
O Chico trem