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11/10/2024
I.A. (Inteligência Artificial) vai melhorar ou destruir tudo ?

Edição Brasil - A principal matéria de hoje: Disseminação da Inteligência Artificial no Sul Global tem muitos riscos, mas também tem soluções Exibir no navegador

Edição Brasil | 11 October 2024

Nem mesmo o furacão Milton - mostrando mais uma vez que as mudanças climáticas estão agravando ainda mais o que já era catastrófico - foi capaz de superar: o personagem da semana no mundo da ciência foi a Inteligência Artificial.

Ela está por trás - ou na origem - de dois dos quatro prêmios Nobel anunciados nos últimos dias. O prêmio de Física foi para os cientistas responsáveis pelos estudos pioneiros sobre aprendizagem de máquina, que abriram as fronteiras para o desenvolvimento da IA que conhecemos hoje. E o de Química está nas mãos do trio de bioquímicos que usaram a Inteligência Artificial no estudo da predição de estruturas de proteínas, com impactos profundos na medicina.

A pedido do The Conversation Brasil, o professor do Departamento de Química da PUC-Rio André Silva Pimentel escreveu dois artigos, um sobre cada prêmio. Num, destacando como e por quê o estudo laureado de bioquímica é importante. E no outro, como a IA já se tornou uma ferramenta fundamental para ajudar a ciência a avançar.

Outros aspectos menos auspiciosos da IA também foram abordados em artigos publicados esta semana. A difusão acelerada da tecnologia em diversos setores da sociedade vem provocando preocupações sociais, desde o risco da eliminação de postos de trabalho à invasão de privacidade, passando pela discriminação social e o abuso de tecnologias de vigilância para monitoramento político e social. Estas e outras questões são abordadas no artigo de Robert Muggah, co-fundador do Instituto Igarapé e pesquisador especialista em tecnologia da PUC-Rio.

E para completar, um uso flagrantemente pernicioso da AI - para o cometimento de crimes de assédio sexual - é o foco do artigo de Sungshin Bae, especialista em Política de Igualdade Gênero da Monash University, que escreve sobre a crise de pornografia deepfake que preocupa a Coreia do Sul, e destaca que a mesma tecnologia que alimenta o crime pode ser a solução para combatê-lo.

Boa leitura!

Daniel Stycer

Editor-chefe



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