» Colunas » Economia

26/06/2021
Energia elétrica sobe muito este mês e não para

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) informou nesta sexta-feira (25) que a conta de luz seguirá com a taxa extra mais elevada em julho.

A bandeira tarifária está na cor vermelha patamar 2. Até então, eram cobrados neste patamar R$ 6,24 a mais a cada 100 quilowatts/hora (kWh) consumidos. No entanto, a diretoria da Aneel se reunirá na próxima terça (29) para definir o valor.

Segundo o diretor-geral da agência, André Pepitone, a bandeira vermelha 2 terá reajuste superior a 20%, ultrapassando R$ 7,50.

Em junho, a bandeira tarifária já vigorou na cor vermelha patamar 2. A decisão foi tomada em meio a um cenário de baixo nível de reservatórios.

"Julho inicia-se com mesma perspectiva hidrológica desfavorável, com os principais reservatórios do SIN [Sistema Interligado Nacional] em níveis consideravelmente baixos para essa época do ano, o que sinaliza horizonte com reduzida capacidade de produção hidrelétrica e elevada necessidade de acionamento de recursos termelétricos", explicou a Aneel em nota.

Reservatórios baixos

A manutenção da bandeira vermelha 2 nas contas de luz é reflexo do baixo nível de reservatórios. De acordo com o governo, o último período chuvoso, de novembro de 2020 a abril de 2021, foi o mais seco em 91 anos.

Com isso, os reservatórios de armazenamento de água das hidrelétricas do Sudeste e Centro-Oeste – que respondem por 70% da capacidade de geração de energia do país – ficaram em níveis muito baixos.

Atualmente, estão em cerca de 30%, podendo cair para 10% até novembro, segundo o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS).

Para evitar o esvaziamento completo dos reservatórios e garantir o fornecimento de energia, as usinas termelétricas têm sido acionadas. Porém, são mais poluentes e mais caras se comparadas às usinas hidrelétricas.

O aumento no custo da geração de energia é repassado para os consumidores através das bandeiras tarifárias.

Apesar do baixo nível dos reservatórios e da baixa perspectiva de chuvas para os próximos meses, o governo descarta apagão e racionamento de energia em 2021.

Como funciona o sistema de bandeiras tarifárias

O sistema de bandeiras tarifárias foi criado em 2015 para sinalizar o custo de geração de energia.

A bandeira fica na cor verde quando o nível dos reservatórios está alto e não há necessidade de acionamento extra de usinas térmicas. Nesse caso, não há cobrança adicional na conta de luz.

Com os reservatórios baixos, a perspectiva é de alta no custo da energia já que exige o acionamento de mais térmicas. Assim, a bandeira pode passar para as cores amarela e vermelha (patamar 1 ou 2), em que há o custo extra.

O objetivo do sistema de bandeiras é informar aos consumidores quando o custo de produção de energia aumenta e permitir que eles reduzam o uso para evitar pagar uma conta de luz mais cara.

Antes do sistema de bandeiras, o custo do acionamento das térmicas era repassado atrasado, somente no ajuste anual das tarifas, o que acarretava na cobrança de juros e correção monetária, penalizando o consumidor.


G1

Leia outras matérias desta seção
 » Biden Kamala pronta promete ajuda para a Amazônia...é para acreditar?
 » Fundo Social do pré-sal...onde foram parar os bilhões de reais ?
 » BRASIL 10ª ECONOMIA DO MUNDO
 » Bancos devolveram ao INSS quase R$ 8 bi em benefícios não sacados
 » Enquanto a tributação dos super ricos não vem, Fazenda se contenta com os ricos
 » MEI - MICRO EMPREENDEDOR INDIVIDUAL
 » A fórmula de Midas
 » STF não decretou o fim do sigilo bancário ?
 » Reforma tributária vai desconfigurar o SIMPLES ?
 » Herança será tributada
 » Dívida caduca depois de 5 anos?
 » Por que nossas compras online chegam sempre em caixas maiores
 » Receita divulga regras para IRPF 2024
 » Plano real 30 anos
 » Presidente em exercício sanciona lei que facilita regularização de dívidas com a Receita Federal
 » Comentário do Economista Gino Olivares. Argentina dolarização
 » streaming têm cada vez mais propagandas
 » Wi-fi lento ?
 » Reforma tributária avança
 » Investimentos na América Latina Brasil lidera.



Voltar