Este foi o resultado estimado da soma dos impostos federais, estaduais e municipais, mais contribuições e tributos que os brasileiros pagaram para serem “governados” no primeiro trimestre de 2.003, dados obtidos pelo IBPT-Instituto Brasileiro de Pesquisas Tributárias.
Bem, não é preciso pensar muito para responder o óbvio à pergunta de “como crescer?”: a resposta é que não haverá desenvolvimento algum se as taxas de carga tributária não retornarem para números entre 20 e 25%, taxas históricas praticadas e exercidas há apenas 8 anos, taxa representativa da média dos países similares ao Brasil, com as quais o País sobreviveu e teve períodos de crescimento e desenvolvimento, como na época em que esteve entre 10 e até 13,9%, no final da década de 70.
“A pesquisa demonstra que a carga tributária brasileira em relação ao PIB nunca esteve tão alta. Atingiu 41,23% no primeiro trimestre de 2003, contra 39,06% registrados em igual período de 2002”, segundo o presidente do IBPT, Gilberto Luiz do Amaral. “Houve crescimento da arrecadação de R$ 19,58 bilhões, com um salto de R$ 115,55 bilhões para R$ 135,13 bilhões. A arrecadação com tributos cresceu nominalmente em 16,94% e, em termos reais, 4,57%. Este crescimento foi já preparado pela política do governo anterior, com aumentos tributários já previstos no ano passado e que foram mantidos nas mesmas bases pelo governo atual”, disse ainda o Presidente do IBPT.
Segundo ele, “esta carga tributária possibilitou o superávit primário de 6,53% do PIB, nos primeiros quatro meses do ano, mas as conseqüências já são sentidas: retração da atividade industrial, aumento do desemprego, diminuição do consumo das famílias”. Não poderia ser diferente...
CARGA TRIBUTÁRIA
1º TRIM/2000 36,74%
1º TRIM/2001 38,02%
1º TRIM/2002 39,06%
1º TRIM/2003 41,23%
Para onde caminhamos então, é a pergunta seguinte. Retratação das atividades, maior desemprego, retração de consumo poderão levar o País para onde deseja? Certamente não para o lugar que mais de 70% da população brasileira está imaginando que está indo, ao demonstrar, como foi divulgado em uma pesquisa, seu apoio e aprovação à liderança do governo. Sobre a atitude do governo atual, aliás, o presidente do IBPT declarou à imprensa que ao manter a política monetária do governo anterior, o atual pode ser considerado como o que o provocou o maior arrocho fiscal da história do País.