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03/03/2013
O que um economista pensa ao ler uma matéria de Jornal

Vale Cultura

Ao ler a notícia:

 

Vale-cultura injetará R$ 11 bilhões na indústria da cultura, diz ministra

Empresa que oferece o benefício tem a vantagem de ter dedução fiscal

Por Karla Santana Mamona

SÃO PAULO - A ministra da Cultura, Marta Suplicy, afirmou, na última segunda-feira (18), durante uma reunião na Fecomercio-SP (Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo) que o vale-cultura deve injetar R$ 11 bilhões na cadeia produtiva cultural brasileira nos próximos anos.

O Vale-Cultura, sancionado pela presidente Dilma Rousseff no ano passado, estabelece o valor de R$ 50 aos trabalhadores com carteira assinada que ganham até cinco salários mínimos. A previsão é que 18,8 milhões de pessoas recebam o vale.

Vantagem para as empresas

Para as empresas que oferecerem o benefício, a vantagem é ter dedução fiscal do imposto sobre a renda.

O vale-cultura tem o apoio da Fecomercio-SP que acredita que cultura é importante para a formação do indivíduo e que o benefício deve ser de fácil acesso a todas as classes sociais. "A Federação está de portas abertas para ajudar na promoção da cultura aos trabalhadores brasileiros", disse o presidente da entidade, Abram Szajman.

Fonte: Infomoney.

Um economista pensa:

 

O Vale Cultura é um benefício que será destinado a todos os trabalhadores que ganham até cinco salários mínimos (R$ 3.390), com o objetivo de garantir meios de acesso e participação nas diversas atividades culturais desenvolvidas no Brasil. O trabalhador receberá um cartão magnético, complementar ao salário, que poderá utilizar para entrar em teatros, cinemas, comprar livros, CDs e consumir outros produtos culturais.

O Vale Cultura reforça o conjunto de políticas públicas destinadas a equilibrar a oferta e demanda de bens e serviços criativos, já que historicamente a maior parte dos investimentos públicos converge para as etapas de concepção e produção desses bens, sem o devido esforço de se estimular uma demanda efetiva.

O fato de o governo prover esse tipo de incentivo na economia, além de injetar renda na economia e aumentar o consumo das famílias, muda a demanda pelos bens relacionados à cultura.

O mercado da cultura é um mercado que possui elasticidade-preço elástica, ou seja, a quantidade demandada do bem responde com uma intensidade maior dadas alterações nos preços dado que esse bem é considerado supérfluo, ou seja, não é essencial como comida, transporte, vestuário entre outros.

O vale cultura é um incentivo ligado diretamente a renda do trabalhador, que deverá despender essa renda extra com atividades ligadas a cultura.

Dessa forma, o vale cultura terá um efeito renda na curva de demanda, que será aumentada devido ao aumento na renda. E por outro lado, essa política também beneficia a oferta por cultura, já que com o aumento da demanda gerado pelo incentivo a cultura, irá gerar por consequência um incentivo ao investimento por parte dos ofertantes, e assim no longo prazo, o preço de “cultura” tende a diminuir para todos os demandantes, e assim, cria-se um circulo virtuoso de diminuição de preços, aumento de oferta e demanda.

Além disso, é um benefício para as empresas que fornecerem esse tipo de benefício aos seus trabalhadores, pois permite a dedução fiscal do imposto de renda.


Mariana Aleixo Boani- Economista

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