Era uma vez um menino britânico de 18 anos chamado de Oliver Bearman. Apaixonado por velocidade, tornou-se piloto de F2 e entrou na Academia Ferrari como terceiro piloto reserva da equipe do cavalinho rampante. Na última quinta-feira, ele conquistou a pole position para a corrida da F2 marcada para o sábado em Jeddah. E, de repente, na sexta-feira pela manhã, seu telefone tocou e o chefe da Ferrari lhe disse: Ollie, o Carlos Sainz foi internado no hospital e será submetido a uma cirurgia de apendicite. Não vai poder correr amanhã. Então, venha para o box para participar do treino, da classificação e pilotar no a Ferrari no GP da F1 de Jeddah. Você vai substitui-lo. Não dá tempo de o Antonio Giovinazzie o Robert Shwartzman virem pra cá. Aí o Bearmann disse: belezinha, tô indo, só vou avisar meu pai.
E aí o planeta assistiu uma das mais espetaculares apresentações de um jovem piloto na categoria mais desafiadora do automobilismo. Sem erros e com uma destreza magnífica na condução de um carro de F1 que sequer os pilotos titulares têm domínio, ele se classificou em 11° lugar. Na corrida, guiou como se fosse um campeão. Fez ultrapassagens, desafiou o impossível e encantou o mundo, que o escolheu como o melhor piloto da corrida com expressivos 46% dos votantes.
O Ollie chegou em 7°, a frente, por exemplo, de seus compatriotas Lewis Hamilton e Lando Norris. Emocionante também foi acompanhar a batida forte do coração aparente no olhar do Mr. Bearman durante a corrida. Ao sair do carro, Ollie coreu olhos a procura de seu pai e, ao encontrá-lo, beijou-o na face e o abraçou em desaceleração do ritmo de 340 km de média por hora nas 50 voltas do circuito mais longo da F1.
Não há como traduzir o gesto do Sr. Bearman ao acolher o jovem Ollie em seus braços, pois era ao mesmo tempo muito mais do que amor paterno e expressão de orgulho diante de um sonho que se realizou com a promessa de um brilhante futuro campeão.
Hermano Leitão