13/01/2005 Morre aos 78 anos Orlando Lopes, O Maquináia.
Orlando Lopes, O Maquináia Um dos personagens históricos da cidade de Caieiras, Orlando Lopes, conhecido por todos como o Maquináia, faleceu na madrugada do ultimo dia 09/01/2005 em sua casa cedida pela Melhoramentos ,na Rua dos Coqueiros.
Orlando Lopes sempre residiu em Caieiras, trabalhando durante muitos anos na CIA Melhoramentos, como mecânico das máquinas que transportavam passageiros, daí vem seu apelido, seu fascínio por maquinas era conhecido por todos na cidade, suas replicas e desenhos ficaram famosos. Confira abaixo a história desse mito caieirense, contada por Edson Navarro.
Maquináia ou Orlando Lopes
Todos queriam ver as replicas de máquinas que ele construía com todo tipo de material, com o maior capricho não deixando escapar quase nenhum detalhe, sem falar nas inúmeras bicicletas que ele montava em sua oficina.
Maquináia lá pela década de 50 reinava absoluto no empréstimo de bicicleta para moças, no bairro da fábrica na Cia Melhoramentos. Tinha em sua casa uma verdadeira oficina para montagem e reparos, um detalhe, entretanto chamava a atenção, só emprestava para moças embora alguns rapazes em raras ocasiões conseguissem dar umas voltas. De personalidade fechada, esquisita até, Maquináia tinha um estilo de vida único para a época, solteirão convicto, segundo comentários de amigos e parentes, teve apenas um grande amor na vida, Ana Maria. Durante décadas viveu sempre da mesma maneira, com sua inseparável bicicleta numerada, seu gorro que parecia nunca ter saído da cabeça e roupas que também aparentavam nunca ter saído do seu corpo. Suas réplicas de locomotivas e trenzinhos da Cia Melhoramentos eram famosos, sua participação involuntária em "Clipe" da TV Globo, que estava filmando Luiz Gonzaga em frente da Estação Ferroviária, ficou na história. Ultimamente morava em uma casa cedida pela Cia Melhoramentos, na Rua dos Coqueiros, onde acabou falecendo aos 78 anos de idade, provavelmente de parada cardíaca, pois andava doente há tempos e sempre se recusando a fazer qualquer tratamento médico.
Aline Sonnberger/JAS
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