É "nóis" na fita. De novo no noticiário nacional e daquele jeito "elogioso". Que Caieiras é o paraiso de aventureiros desonestos ninguém duvida, é só mais um fazendo fortuna por meios ilegais.
A Polícia Federal deflagrou uma operação que mira um grupo de empresários e servidores públicos suspeitos de envolvimento em um esquema de contrabando de ouro. A quadrilha teria movimentado R$ 230 milhões no contrabando de 1,2 tonelada de ouro da Venezuela e de garimpos ilegais em Roraima nos últimos três anos.
Entre os alvos da operação Hesperides há três empresários venezuelanos suspeitos de chefiar o esquema. Um deles é procurado pela Interpol por tráfico de drogas e crimes financeiros cometidos na República Dominicana. Também estão na mira servidores da Receita Federal, estadual e Procuradoria Geral de Roraima.
Segundo a polícia, o ouro extraído de garimpos venezuelanos - que ficam na região Sul do país e na fronteira com Roraima - e também de Roraima eram “legalizados” em um esquema que envolvia pagamento de propina aos servidores públicos.
Nas investigações, a polícia descobriu que o ouro ilegal era “esquentado” como sucata. Depois, o metal era comprado por uma empresa em Caieiras (SP), que "mesmo com os latentes indícios de irregularidades acerca da origem do minério, o recebia e vendia para o exterior".
"A empresa suspeita também compraria o metal precioso de um outro grupo, baseado no Amapá, alvo da operação Ouro Perdido da PF, contra a comercialização de ouro extraído ilegalmente e deflagrada em junho deste ano", completou.
Os principais crimes investigados na ação são de participação em organização criminosa, contrabando, corrupção ativa e passiva, lavagem de dinheiro, receptação e os crimes de falsidade ideológica e de documento público.
O nome da operação faz referência as Hespérides que, segundo a mitologia grega, seriam as responsáveis por cuidar do pomar onde a deusa Hera cultivava macieiras que davam frutos de ouro.
Fonte: G1