24/09/80: O dia amanheceu razoavelmente frio e triste. Mas por volta das 11:30 hs., o sol surgiu atrás dos montes e esquentou o dia feio e triste. E como não podia deixar de ser, esquentou a cabeça do Sr. Gino, que por sinal é prefeito e, ainda por cima, engenheiro (como faz questão de frizar), levando-o a mais uma atitude desconcertante e inédita (efeitos do sol), em meio as tantas novidades governamentais que nos tem presenteado, durante estes três anos de desastres.
Nesta hora, o prefeito ( e etc. e tal), chamou o seu subordinado Waldemar Vaz, motorista do caminhão de lixo (que a população nem sabe se existe mais), e ordenou ao mesmo que estacionasse em frente ao prédio da Câmara Municipal, ou seja, perto do "Patriarca da Independência".
E lá ficou o caminhão.
Eis então, que as 17:30 hs. chega o nobre engenheiro Rudimar, servidor público e patamar salarial do prefeito (e etc. e tal). Vendo o caminhão ali parado não se contenta e ordena que o mesmo fique até às 21:30 hs.
O presidente da Câmara, Carlos Gomes, irritado com tal atitude, resolveu chamar a polícia para solucionar o problema. A polícia veio (uma viatura e dois policiais). Porém, nada pode fazer, alegando não ser caso para ocorrência policial, já que o caminhão estava estacionado em via pública.
Realmente estava parado em via pública, mas só que, carregado de lixo e um cachorro morto, como prova concreta de desrespeito ao Legislativo e residentes da mesma rua. Tirando-se por base o efeito que o sol causou na cabeça do prefeito (e etc. e tal), imaginem o efeito que causou o cachorro morto.
O caso foi parar na Delegacia. Para lá foram motorista do caminhão e os vereadores Carlos, Dércio, Hugo e Névio, com o intuito de registrar a queixa. Atendeu-os o escrivão que anotou o ocorrido e prometeu para o dia seguinte efetuar o Boletim de Ocorrência.
O fato ficou caracterizado segundo declarações do próprio motorista na Delegacia de Polícia, diante de todas as pessoas acima citadas e da reportagem da FR.
Abaixo, colocamos os depoimentos dos vereadores: Carlos Gomes - "A atitude do prefeito, vem demonstrar, mais uma vez, que é um homem sem recursos lógicos e de atitudes impensadas".
Dércio Pasin - "Chamei o prefeito de louco e fui processado. Agora, com a macumba e o lixo, me convenço disso".
Hugo Pereira - "É coisa de moleque!"
Névio - "É preciso que os vereadores façam um requerimento pedindo exame de sanidade mental do prefeito".