A dama da noite A dama da noite Sou daqueles tempos em que havia o costume de visitar pessoas à noite e se era agraciado com café e com bolinho de trigo (bolinho de chuva). Lá no Bairro da Fábrica de Papel o único armazém que existia fechava às 17 horas. Então, quando a visitas eram de surpresa não havia onde comprar frios como mortadela, presunto, pão e bolachas para oferecer para as visitas. Numa dessas visitas noturnas, fui com minha mãe e minha irmã na casa da minha tia YolandaOlímpio que era esposa do Nine Caldo e mãe das filhas Mariza e Marilia (Lilinha) que moravam na Vila Nova. Na volta para casa, descendo de lá do alto pela rua de terra que não tinha nome e só era conhecida como a rua da Vila Nova e que tinha casas dos dois lados dela, ao se ir chegando onde ela, a rua, virava à esquerda, se sentia um aroma, um odor ou perfume muito forte proveniente que era das flores de uma árvore que tinha o nome de “Dama da Noite”. Envolvido com aquela fragrância parecia que se era transportado para um mundo de sonhos onde só havia felicidade. Única, aquela árvore chamada de dama da noite, se não me engano, estava plantada no jardim da casa onde morava o Senhor José Caresatto, pai da Eurides, da Olga e do Pedro Caresatto, ambos muito conhecidos naquele lugar de recordação, agora. Dama da Noite hein? Se todas as damas cheirassem como ela... ... (risos). Neste texto foi citado a “rua de terra que não tinha nome”, mas, nenhuma daquelas ruas daquele bairro tinham nome. Elas se chamavam conforme a vila por onde se ia ou se passava: Rua da Vila Leão, Rua do Bairro Chique, Rua da Vila Pansute, Rua da Vila Pereira, Rua do Escritório, Rua da Pensão, Rua do Barbeiro, Rua do Armazém, Rua da Ponte Seca e etc., mas, as damas das noites daquelas vilas ou ruas, só nos bailes é que eram damas, mas, apenas para se dançar com elas. Altino Olímpio Depois que o amigo Esmeraldo Caneloi leu a crônica da Dama da Noite aqui acima, assim ele se expressou: |