Ano que vai e ano que vem
Nos fins e nos começos dos anos, muitos daqueles que acreditaram em Papai Noel quando eram crianças, substituíram-no por simpatias que poderiam realizar seus desejos no ano novo. Tem gente do povo, simples como sempre é, que gosta se envolver em superstições que ainda mantém a existência da criança na existência de adulto. Alguém já escreveu que não existe seres adultos, mas sim, crianças grandes. E assim, ano vai e ano vem são sempre com repetições. Como sempre eles são homenageados com fogos de artifícios a partir da meia-noite. Já ouvi dizer que aquelas bombas potentes que estouram pelo ar num barulho ensurdecedor que afetam a audição dos gatos e dos cachorros, são para afastarem os fatos ruins que aconteceram no ano que findou.
Muitos têm esperanças que o ano novo seja melhor que o ano que passou. Mas, esperanças são ausências. Quem vive de esperanças pode se decepcionar se elas nunca forem como eram esperadas. Quando na idade avançada, tendo mais experiência sobre a vida que nos faz não desejar mais nada, o viver se torna melhor, mais tranquilo. Aquelas simpatias engraçadas repetidas aos fins de anos e que são apenas superstições, elas até podem parecer que funcionam por pessoas ingênuas que as praticam. “Usar roupa branca, pular sete ondas, simpatia da semente de romã e da uva e etc.” (risos). Quando pensamos nas “coisas” do mundo nós lhes damos existência e ao contrário, quando em nada pensamos nada nos existe.
Se todos seguissem essa regra, a quantidade de ingênuos, crédulos e supersticiosos diminuiria neste mundo de tantas fantasias (risos). Na vida mais nós vivemos dos acasos bons ou maus que nos aparecem como também dos acasos, aqueles que possam afetar ou prejudicar todo o povo de um país. O “feliz ano novo” que as pessoas desejam entre si, são apenas agrados mútuos que no mais das vezes nunca se realizam (risos). Mas, servem como entretenimento de fim de ano do seguinte “ano que vai e ano que vem”.
Altino Olímpio